quinta-feira, 18 de junho de 2009

DR3 – Texto de Apreciação Crítica (CLC)


Paulo Coelho, a força de lutar...


Paulo coelho, nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro.
Antes de se dedicar à Literatura desempenhou outras profissões: foi director e actor de teatro, compositor e jornalista.
O escritor quando se dedicou à escrita, ao longo do tempo, foi reconhecido o seu enorme potencial nas suas obras.
Neste momento, deparamos-nos com uma vasta obra literária da sua autoria, todas elas obras de êxitos mundiais.
Em 1986, Paulo Coelho fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita em “O Diário de um Mago”, foi editado em 1987 e traduzido para 21 idiomas conta a história da jornada de três meses que Paulo Coelho peregrinou pelos quase setecentos quilómetros que separam o sul da França, onde teve o início da caminhada, da cidade de Santiago de Compostela, na Galiza. A obra relata a saga de Paulo Coelho que busca pelos mistérios sagrados da magia, seu encontro com um mago italiano, Petrus, que é seu guia, as experiências místicas conhecidas como As Práticas de Ram (Regnus Agnus Mundi) e a passagem por um dos três caminhos sagrados da antiguidade: O Caminho de Santiago de Compostela. Nessa obra, Paulo Coelho retrata com muita perfeição todas suas experiências pelo caminho.
No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos este livro narra a história de um jovem pastor que, após ter um sonho repetido, decide partir em uma busca do auto-conhecimento, e se vê lançado em uma jornada em busca dos grandes mistérios que acompanham a humanidade desde o início dos tempos. Assim como o norte-americano James Redfield (de A Profecia Celestina), Paulo Coelho fez fama e fortuna com suas histórias de linguagem simples, inspiradas em antigos mitos e provérbios, cujo conteúdo foi posteriormente classificado como literatura de auto-ajuda.
O Alquimista é um dos mais importantes fenómenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 74 países, e vendeu, até o momento, 35 milhões de exemplares. Este livro rendeu-lhe em 2008, o Prémio Guinness World Record pelo livro mais traduzido no mundo (67 idiomas).
Sua evolução espiritual e sua busca pela Outra Parte (a famosa alma gémea) estão retratadas neste livro emocionante e tão interessante quanto os outros livros do autor segue contudo o estilo altamente "místico" como "O Diário de um Mago" e "O Alquimista".
“Brida”, lançado em 1990 é um livro de Paulo Coelho, que trata de Magia. O livro conta a história de Brida O' Fern, uma irlandesa de 21 anos em busca da magia e dos poderes ocultos. Durante sua busca, Brida conhece um mago, Mago de Folk, que promete ensiná-la através da Tradição do Sol, que explica tudo através da natureza e de suas manifestações divinas. Mas Brida toma, na verdade, como mestra, Wicca, uma bela mulher que lhe ensina através da Tradição da Lua, a antiga Tradição das Bruxas, que explica o Universo através da Sabedoria e do Tempo.
As “Valquírias “foi publicado em 1992 e conta a história real de um homem e uma mulher que vão para o deserto e sem utilizar qualquer recurso artificial ou sofisticado decidem entrar em contacto com o Anjo da Guarda. No estilo que o consagrou como escritor mais lido desta geração, Paulo Coelho mostra neste livro, pela primeira vez, o homem que existe atrás do mago.
“Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei “foi publicado em 1994. Numa história de amor estão os mistérios da vida. Pilar e seu companheiro conheceram-se na infância, afastaram-se na adolescência, e onze anos depois tornam-se a encontrar. Ela, uma mulher que a vida ensinou a ser forte e a não demonstrar seus sentimentos. Ele, um homem capaz de fazer milagres, que busca na religião uma solução para os seus conflitos. Os dois estão unidos pela vontade de mudar, de seguir os próprios sonhos, de encontrar um caminho diferente. Para isto, é preciso vencer muitos obstáculos interiores: o medo da entrega, a culpa, os preconceitos. Pilar e seu companheiro resolvem viajar até uma pequena aldeia nas montanhas e trilhar o difícil caminho de reencontro com a própria verdade.
“O Monte Cinco” é um livro de contos publicado em 1996, sendo sua quarta publicação de grande porte. A história possui teor religioso.
“Veronika decide morrer “, foi lançado em 1998. O livro conta a história de Veronika, uma jovem eslovena, que não aceita a ideia de viver uma vida sem sentido, decidindo se matar com uma overdose de calmantes. O suicídio fracassa. Veronika é internada em um asilo para loucos. Atendida pelo médico, é informada que não terá mais que sete dias de vida, e provavelmente, morrerá internada. A notícia, na verdade, revela-se um engodo do médico, que faz de Verónica uma cobaia para uma tese sua: De que o temor da morte a fará encarar a vida de outra forma, e que sua insanidade seja curada. O transcorrer da narrativa, com a vida da protagonista se misturando a outras personagens, fazem com que a tese do médico mostre-se eficaz, uma vez que Veronika recupera seu amor à vida, e foge da instituição com outro paciente. Paulo Coelho inspira-se na sua própria experiência de vida, vivida aos 17 anos, idade em que também esteve internado numa clínica. Mas não com a intenção de fazer uma auto biografia.
“Demónio e a Srta. Prym”, foi publicado em 2000 e a história trata da ganância. Quando um viajante acompanhado de um demónio chega a uma pequena cidade e pede a Chantal Prym que avise a cidade: ele oferece dez barras de ouro para que os habitantes da cidade cometam um assassinato. Criticando a ganância e mostrando que o passado de uma pessoa pode acabar com o futuro de muitas outras, Paulo Coelho mostra com um ser pode acabar com outros.
“Onze Minutos”, foi publicado em 2003, neste livro, Paulo Coelho conta a história de uma menina brasileira que provou desde cedo o amargo da decepção amorosa e que fechou seu coração ao amor. Aliciada pela promessa de uma vida melhor, parte para a Europa em busca de uma nova vida. Torna-se prostituta, explora e esforça-se por explicar o inexplicável daquela vida. Recupera ainda a abertura para o amor ao lado de um pintor que conhece num bar e se revela um cliente especial da Boîte onde trabalhava.
“O Zahir”; foi editado em 2005, e para escrever O Zahir, Paulo Coelho passou uma temporada no Casaquistão, país onde a obra se situa, chegando a participar de uma caça à raposa. O livro é altamente autobiográfico embora seja uma obra de ficção.
“A Bruxa de Portobello”, foi publicado em 2006 e revela um estilo de linguagem bem diferente, uma narração fantástica, sua determinação em quebrar mitos e anunciar o estilo bruxista. Este livro tem mistura de vários outros livros seus e, mesmo assim, é algo inédito. Relata a experiência de uma jovem em busca de mais felicidade, porém foi vítima do preconceito de uma certa religião.
“O vencedor está só”, foi publicado em 2008 e trata-se do último livro publicado do autor até o momento. Com essa obra, o autor entra na passarela da moda e na rota dos assassinatos. A história se passa nas 24 horas de um dia no Festival de Cannes. Entre os personagens, um costureiro, uma modelo e um serial killer.
Paulo Coelho conseguiu ter três títulos ao mesmo tempo nas listas de mais vendidos na França, Brasil, Polónia, Suíça, Áustria, Argentina, Grécia, Croácia, Rússia. Paulo Coelho é notável na sua escrita, por ser muito particular e todos os seus livros se traduzirem numa lição de vida ou revelarem uma mensagem pessoal que leva os seus leitores a se identificarem com o escritor.
O seu fascínio pela busca espiritual resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc. Toda essa busca espiritual do escritor é mencionado e reflectida nas suas obras.
Todos os seus livros publicados até ao momento resultam de experiências vividas pelo este, com alguns factos adulterados, mas sem faltar o principal, a essência da história, ou seja, a reflexão e a mensagem de vida é transcrita para o papel de uma forma indescritível, que nos toca e que, a maior parte das vezes, sentimos que eram as palavras que precisávamos de ouvir como forma de coragem e alento.

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